Raças bovinas: entenda a classificação e a genética por trás do rebanho brasileiro

Conheça as particularidades de taurinas, zebuínas e raças compostas para maximizar a produção de carne e leite em sua propriedade

BATANEWS/CANAL RURAL


Raças bovinas: entenda a classificação e a genética por trás do rebanho brasileiro

A diversidade do rebanho bovino mundial permite uma classificação simplificada das raças bovinas em grandes grupos, cada um com particularidades importantes para a produção de carne e leite.

Conhecer essas classificações é fundamental para o pecuarista que busca otimizar seu sistema produtivo e tomar decisões mais assertivas no campo.

De acordo com a Embrapa Gado de Corte, as raças bovinas podem ser divididas em quatro categorias principais: taurinas, taurinas adaptadas, zebuínas e compostas.

As raças taurinas são caracterizadas por sua origem europeia e são divididas em três subgrupos principais, com diferenças de porte e características de produção:

São raças de origem taurina que, ao longo de sua formação, desenvolveram a capacidade de se adaptar especificamente aos climas tropicais.

Neste grupo, encontramos:

As taurinas adaptadas mantêm a qualidade de carne própria do bos taurus, aliada à resistência e à capacidade de se desenvolverem eficientemente em ambientes tropicais.

No Brasil, as raças zebuínas têm peso ao abate que varia entre 460 kg e 500 kg. São geralmente consideradas mais tardias sexualmente, com menor massa muscular e uma maciez de carne mais variável em comparação com as raças taurinas.

No entanto, seu grande trunfo para sistemas de produção nos trópicos é a superior tolerância ao calor, à radiação solar, à umidade e a endo e ectoparasitas. Essa adaptabilidade as torna ideais para as condições climáticas e sanitárias brasileiras.

São raças desenvolvidas a partir do cruzamento planejado entre animais das espécies bos taurus e bos indicus.

O principal objetivo dessas raças é combinar as melhores características de ambos os grupos: a rusticidade e adaptabilidade dos zebuínos com a produtividade e a qualidade de produto dos taurinos.

Essa classificação simplificada ajuda a entender a vasta diversidade genética bovina e como cada grupo se adequa a diferentes sistemas de produção e objetivos no campo, permitindo ao pecuarista escolher as raças mais adequadas para sua propriedade.