Policial
Pintor foi torturado e morto após parceiro descobrir resultado de exame médico
Autor ainda postou mensagem de luto nas redes sociais logo após o crime
BATANEWS/MIDIAMAX
O principal suspeito pelo assassinato brutal do pintor Israel Reis dos Santos revelou que cometeu o crime após encontrar o resultado de um exame médico na residência dele, no bairro Guanandi, em Campo Grande. A vítima foi encontrada morta, com sinais de tortura, no dia 16 de maio.
O corpo de Israel foi encontrado pelo supervisor da empresa de segurança, que fazia o monitoramento do local. Ele estava coberto com um travesseiro e uma coberta, além disso, estava com o fio do ferro de passar roupas enrolado no pescoço.
Além disso, o corpo tinha sinais de luta corporal, lesões na cabeça e estava com o rosto desfigurado.
Durante as investigações, a DHPP (Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa) identificou o principal suspeito pela morte de Israel como sendo o seu parceiro, de 44 anos. Ele e a vítima mantinham um relacionamento.
Ainda após o crime, o suspeito chegou a publicar mensagem de luto em rede social.
Exame e morte
Na data dos fatos, o suspeito teria visto na residência da vítima, um exame médico no qual o resultado era positivo. Com isso, o crime seria o motivo, após o resultado desse tratamento.
O suspeito, com um pedaço de madeira, agrediu a vítima. Posteriormente, pegou uma faca e desferiu um golpe no pescoço dele, após isso utilizou o fio do ferro de passar roupas para enforcar o companheiro.
Para não levantar nenhuma suspeita, após o crime, o suspeito danificou todo o sistema interno de segurança da residência, inclusive as câmeras ocultas.
O lado de exame necroscópico concluiu como causa da morte de Israel, traumatismo cranioencefálico, produzido por ação contundente, enquanto as lesões de estrangulamento não apresentaram reação vital.
Autor usou redes socais
Em meio as mensagens de despedidas nas redes sociais, estava lá a do suspeito pelo crime. Isso mesmo, ele utilizou as redes sociais para lamentar a morte de Israel e assim, conseguir sair das linhas de investigações.
Com uma captura de tela de uma matéria publicada pelo Jornal Midiamax e fotos ao lado de Israel, o suspeito disse: “Você não merecia morrer assim, meu nobre amigo, mas vou lembrar de você assim, sempre sorrindo e de bem com a vida apesar de tudo. Meus sentimentos a toda família e amigos e descanse em paz, meu irmão Israel Reis.'
A publicação se encheu de comentários, um deles uma pessoa chegou a comentar o que teria ocorrido. Assim, o suspeito respondeu: “Ele foi brutalmente assassinado, meu irmão. Parece que pessoas encontraram com ele na casa dele e lá o torturaram, depois o mataram.'
Travesseiro no rosto e fio no pescoço
O pintor foi encontrado morto na tarde do dia 16 de maio, no quarto da casa onde morava. O supervisor da empresa de segurança e monitoramento que atendia o imóvel dele disse à polícia que por volta das 8 horas da manhã os equipamentos da casa pararam de funcionar. E duas horas depois, um agente de campo foi até o local fazer uma visita.
Ao chegar no imóvel, o agente chamou por Israel, que não o atendeu. Então, ele relatou ao supervisor que o portão estava aberto, mas não adentrou a casa. Durante o relato do supervisor à PM, ele explicou que os pagamentos dos serviços de segurança e monitoramento não estavam sendo feitos e, por isso, agendou a visita de um técnico para retirada.
Assim, um técnico chegou ao imóvel por volta das 14 horas da tarde, tentou contato com Israel, mas também não conseguiu. Então, informou ao supervisor que o portão da casa estava aberto e com sinais de arrombamento. Em seguida, o supervisor foi até o local, entrou na casa e percebeu que alguém arrancou os equipamentos de segurança.
Logo, ele adentrou um dos quartos e viu algumas manchas de sangue, momento em que se deparou com a vítima deitada de barriga para cima em uma cama. Israel estava coberto com um travesseiro e uma coberta, conforme o registro policial.
Diante da situação encontrada pelo supervisor da empresa de segurança, ele acionou a PM (Polícia Militar) e o Corpo de Bombeiros, que foram até o local e constataram que Israel já estava sem vida.
Ainda dentro do quarto, os militares constataram que o pintor estava com um fio de ferro de passar roupa enrolado em seu pescoço. Ele também apresentava sinais de luta corporal, lesões na cabeça e o rosto desfigurado.
‘Tanta maldade’, diz familiar de pintor
Ao Jornal Midiamax, um parente disse que a família ainda não acredita no ocorrido e segue sem pistas sobre quem pode ter cometido o crime. “Estamos sem acreditar. É tanta maldade', falou.
Ainda conforme o familiar, os parentes não identificaram nenhum suspeito, pois afirma que Israel era uma pessoa reservada.
Nas redes sociais, os familiares também lamentaram a partida repentina do pintor. “Descanse em paz meu grande parente… um dia esses assassinos pagará o mal que fez em tirar sua vida', diz o comentário de um parente.
Uma sobrinha também deixou sua homenagem ao tio nas redes. “Estava tão lindo tio, muito triste por sua partida! Mas a justiça de Deus não falha!', escreveu.