Dorival lamenta chances perdidas pelo Corinthians e pede reforços: "Para termos grupo mais forte"

Técnico corintiano analisa derrota para o Red Bull Bragantino na Neo Química Arena

BATANEWS/GE


Foto: Divulgação

Depois da derrota do Corinthians para o Bragantino por 2 a 1, o técnico Dorival Júnior disse que o time teve volume de jogo e criou chances, mas lamentou as oportunidades de gol desperdiçadas. Ele ainda destacou ser necessário buscar reforços para a sequência da temporada.

Eu acho que a equipe está buscando. Se olhar a maioria dos jogos aqui, tivemos no mínimo 60% de posse, tivemos volume de jogo acentuado e boas oportunidades, inclusive dentro da área adversária, mas o gol acabou não saindo. Não tem o que justificar, temos que continuar trabalhando, é o que nós estamos fazendo. Insistindo muito com trabalho de finalizações, de definições, movimentos, de ataque à última linha adversária. É tudo o que temos que focar, com intensidade, para que possamos encontrar um caminho — declarou o treinador corintiano em entrevista coletiva neste domingo.

— Fomos penalizados no último minuto da partida. Nós jogamos buscando gol a todo momento, fomos para cima, não tivemos receio de atuar. Tivemos paciência para poder jogar, mas também temos que buscar opções no mercado que nos dê um leque ainda maior para termos um grupo cada dia mais forte.

Sobre contratações, que ainda não ocorreram nesta janela de transferências, Dorival disse que já indicou o que precisa ao executivo Fabinho Soldado, mas que, se não for possível ter reforços, será preciso buscar soluções dentro do elenco à disposição.

— Já falei à diretoria o que precisamos. O Fabinho está no mercado, tenho certeza que negociações, todas elas, partem dele com a diretoria. Prefiro não me envolver e não me estender sobre a situação. Não fico cobrando, trabalhando com quem está aqui e tento valorizar quem está no grupo. Caso venha a acontecer, serão bem-vindos. Se não vier, tenho a obrigação de buscar soluções com o grupo que temos. Estamos em um processo um pouco complicado, não temos conseguido definir situações. Acontecendo a possibilidade de uma negociação, ela será concretizada porque tenho uma diretoria competente que trabalha para buscar soluções.

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Na saída do gramado, os jogadores foram vaiados na Neo Química Arena, o que demonstrou a insatisfação da torcida, depois da quarta partida sem vitória do Timão.

Perguntado sobre a postura da torcida, Dorival valorizou o trabalho da equipe e disse que é preciso "abaixar a cabeça" e trabalhar para mostrar resultado à torcida.

— O trabalho está sendo desenvolvido, dentro de tudo o que estamos fazendo, percebemos que os jogadores estão buscando o entendimento. Estamos sendo surpreendidos por detalhes. Agora, precisamos ter essa consciência de que estamos fazendo de uma maneira correta. Não tem outro caminho, é trabalho, abaixar a cabeça, nos recolhermos e trabalhar muito para dar uma resposta ao torcedor. Momentos como esse, se repetidos, você encontra caminhos se continuar trabalhando com insistência. Tenho certeza que encontraremos. Não podemos nos entregar em uma situação assim, ao contrário. Estamos buscando.

Ele voltou a dizer que, na sua opinião, o Corinthians criou oportunidades, mas não conseguiu ser efetivo para convertê-las em gol.

— Estamos crescendo a cada partida, temos apenas que nos concentrar mais nas definições. Tivemos posse, criação, volume de jogo, fomos muito efetivos nas retomadas de bola. Foram pontos positivos que dependem de treinos, repetições e não são situações eventuais. O que estamos precisando é aquilo que tivemos nos momentos em que o Yuri esteve em campo, que foram os gols. Estamos no caminho, espero que a gente possa alcançar isso.

Com a derrota neste domingo, o Timão estacionou com 16 pontos e caiu para a 11ª colocação, saindo da primeira metade da tabela de classificação do Campeonato Brasileiro.

O Corinthians voltará a campo já nesta quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), contra o Ceará, no Castelão, em Fortaleza (CE), em partida válida pela 14ª rodada.

Confira outras respostas de Dorival Júnior na entrevista coletiva:

Papo no vestiário e mudança de postura no segundo tempo — O primeiro tempo eu não acho que foi ruim. Tivemos dificuldades nas trocas de passes, tivemos dois ou três jogadores um pouco abaixo daquilo que podem produzir, e isso talvez tenha nos complicado. No segundo tempo, tivemos um posicionamento diferente, trazendo o Martínez mais para dentro, o Garro mais próximo do Memphis, e o Romero um pouco mais fixo. Os laterais subiram, tivemos oportunidades, mas não conseguimos as conclusões. Fomos penalizados no último minuto e no último minuto, uma situação lamentável por tudo o que a equipe produziu durante o jogo.

Análise sobre o sistema defensivo — O primeiro gol é questionável em todos os aspectos. Ele altera toda a partida, nos tira a condição e nos coloca uma pressão excessiva. O segundo gol foi um pouco diferente, uma bola que talvez pudéssemos ter um comportamento um pouco mais seguro e resguardado. A bola voltou à nossa área e, a partir daí, sofremos o gol. Não vejo a equipe sofrendo defensivamente, o que tem acontecido são erros pontuais que têm nos tirado a opção de resultados importantes. Talvez, com um pouco mais de trabalho e correção, podemos ter uma condição mais regular para buscar resultados.

Héctor Hernández não relacionado — Foi uma decisão técnica, e apenas isso. Os garotos estão procurando espaço, logicamente tivemos dificuldade nas substituições. Acreditávamos que encontraríamos soluções, perdemos algumas chances que não foram concretizadas. Há jogos em que você lamenta ter tido oportunidades e não poder convertê-las.

Ausência de Memphis em treino — Foi um episódio passado. Não tem relação nenhuma com o que foi a partida. Foi tudo resolvido, o problema dele era com, naturalmente, todos sabem o tipo de problema. Foi resolvido e solucionado. A partir disso, vamos olhar para a frente, trabalhar e buscar melhores resultados.

Desenho tático e avaliação da formação — Nós já usamos contra o Grêmio, usamos agora. Há variações dentro da própria torcida, iniciamos com saída de quatro, depois tivemos saída de três. Tentamos variações, todas as possíveis e imagináveis. O que nos faltou foi um momento técnico mais aguçado nas finalizações. Isso nos tirou a possibilidade de um bom resultado.