Justiça
Professora presa por amarrar criança autista à cadeira é solta
A mulher foi presa em flagrante, mas deve responder ao processo em liberdade
BATANEWS/METRóPOLES
A Justiça do Paraná decidiu soltar a professora que foi presa em flagrante, na segunda-feira (7/7), por tortura, após amarrar um menino de quatro anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), dentro do banheiro de uma escola municipal em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (PR).
A mulher foi liberada após passar por audiência de custódia. Ela deve responder ao processo em liberdade.
Tortura A criança, que é não verbal, foi encontrada sozinha, com os pulsos e a cintura presos por tiras de tecido a uma cadeira.
Segundo a Guarda Municipal, que atendeu a ocorrência após denúncia anônima, a professora confessou no local ter amarrado o menino porque ele estava “muito agitado”.
Conselheiros tutelares também estiveram na escola e relataram que o ambiente era frio e isolado, o que agravou a situação.
A educadora foi levada para a Delegacia da Polícia Civil, onde ficou em silêncio durante o depoimento.
Ainda não há informações precisas sobre o tempo em que o menino permaneceu amarrado. A mãe da criança, Mirian de Oliveira Ambrozio, contou que foi chamada às pressas pelo marido, após ser informada de que o filho estava preso no banheiro da escola. Segundo os pais, o filho estuda na escola há quase três anos, mas nos últimos meses os relatos de mau comportamento por parte da equipe escolar começaram a se intensificar.
Após a denúncia, eles também receberam vídeos que mostrariam outras situações semelhantes. Em um deles, registrado dias antes, o garotinho aparece amarrado enquanto outra pessoa segura a mamadeira para alimentá-lo.
A escola suspendeu as aulas na unidade nessa terça-feira (8). Em nota, a direção informou que está colaborando com as investigações. A mãe da criança acompanhou todo o procedimento na delegacia.