Política
Soraya Thronicke fica em cima do muro sobre impeachment de Moraes
Tereza Cristina e Nelsinho Trad votaram a favor da abertura do processo contra o ministro do STF, enquanto Soraya aparece como 'indefinido'
BATANEWS/REDAçãO
A senadora de Mato Grosso do Sul, Soraya Thronicke (Podemos), é a única do Estado que ainda não assinou requerimento que pede o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na lista assinaturas, a parlamentar aparece como voto indefinido, ou seja, não votou a favor e nem contra.
Os outros dois senadores de Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina (PP) e Nelsinho Trad (PSD) assinaram a favor da abertura do processo de impeachment.
Nas redes sociais, Soraya se manifestou contra Moraes, mas em caso específico em ele determinou medidas cautelares contra o senador Marcos do Val (Podemos-ES), como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de uso das redes sociais e recolhimento noturno.
'Assinei o pedido para que o Senado analise, com urgência, as medidas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes contra o senador Marcos do Val. Um senador da República, eleito pelo povo, está sendo impedido de trabalhar e de se comunicar com a sociedade. O Senado não pode se omitir diante de uma decisão que interfere nas prerrogativas parlamentares', disse Soraya no Instagram.
Já com relação ao requerimento para o impeachmeant de Moraes, a senadora não se manifestou.
Nesta quinta-feira (7), parlamentares de oposição anunciaram que reuniram 41 assinaturas em apoio ao pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Eles alegam perseguição política do magistrado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Conforme os apoiadores do ex-presidente, Moraes teria cometido crimes de responsabilidade, abuso de autoridade, improbidade administrativa, censura e violação das garantias constitucionais de liberdade de expressão e da imunidade parlamentar.
Os deputados argumentam ainda que foram alvo de perseguição política e que decisões recentes do ministro representam afronta direta à Constituição.
O documento também menciona a inclusão de Alexandre de Moraes na lista de sanções da Lei Magnitsky, nos Estados Unidos, por supostas violações de direitos humanos e perseguição política. Para os signatários, esse episódio evidencia a perda de legitimidade moral e jurídica do ministro.
O processo de impeachment de ministros do STF é previsto na Lei nº 1.079, de 1950, e é uma atribuição exclusiva do Senado Federal.
Se forem confirmadas as 41 assinaturas, é uma sinalização da oposição para demonstrar que o texto terá maioria para ser aprovado no Senado, caso o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), paute um dos pedidos contra o magistrado.
Correio do Estado / Glaucea Vaccari