Detrans veem com preocupação proposta de CNH sem autoescola

Entidade reconhece custo alto da carteira, mas quer discutir com o governo os riscos de mudar a qualificação dos motoristas

BATANEWS/REDAçãO


A Associação Nacional dos Detrans afirma que o custo atual da CNH é um obstáculo, mas as mudanças não devem comprometer o processo de aprendizagem; na imagem, sede do Detran-DF, em Brasília

A AND (Associação Nacional dos Detrans) afirmou nesta 3ª feira (29.jul.2025) que pretende discutir com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a proposta que avalia a emissão da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) sem a obrigatoriedade de aulas em autoescolas.

A entidade disse que acompanha com preocupação os debates sobre a flexibilização e defendeu que qualquer mudança preserve a qualidade da formação de condutores.

A AND tenta agendar uma reunião com o ministro dos Transportes, Renan Filho, e com a Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito) ainda nesta semana, segundo o jornal O Globo.

Segundo a associação, o custo atual da CNH, que pode variar de R$ 3.000 a R$ 4.000, é um obstáculo, mas mudanças não devem comprometer o processo de aprendizagem.

O Poder360 procurou a AND para perguntar se gostaria de complementar o tema. Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado caso uma manifestação seja enviada a este jornal digital.

A proposta de tornar facultativas as aulas em autoescolas foi defendida pelo ministro dos Transportes.

O projeto pretende que a formação teórica e prática continue obrigatória, mas que o candidato possa se preparar por meios alternativos, como ensino à distância ou com instrutores credenciados –fora do modelo tradicional das autoescolas.

A Senatran afirmou ao Poder360 que o objetivo do projeto é democratizar o acesso à CNH e reduzir os custos em até 80% nas categorias A (motocicletas) e B (veículos de passeio). Disse ainda que os exames dos Detrans continuarão obrigatórios.

O texto da proposta já foi concluído e está sob análise da Casa Civil. O governo pretende implementar a medida por regulamentação, sem necessidade de passar pelo Congresso Nacional.