Saúde
Casos de AVC em pessoas com menos de 45 anos aumentam no Brasil
Motivos vão além da genética e envolvem conjunto de fatores ligados ao estilo de vida, alerta especialista
BATANEWS/CG
O Acidente Vascular Cerebral (AVC), condição até pouco tempo relacionada ao envelhecimento, está afetando cada vez mais brasileiros entre 20 e 45 anos. O dado acende um alerta urgente: o que era visto como uma doença de idosos está se tornando uma realidade preocupante entre os jovens adultos.
Segundo a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares, entre 10% e 15% dos AVCs registrados atualmente acontecem em pessoas com menos de 45 anos. As causas vão desde fatores comportamentais até condições clínicas específicas que, em muitos casos, poderiam ser evitadas.
Fatores de risco
Longas jornadas de trabalho, a alimentação industrializada, o consumo crescente de energéticos, cigarros eletrônicos e até mesmo o excesso de exercícios sem orientação são fatores que, isolados ou combinados, aumentam o risco de AVC em jovens, afirma o cardiologista da Unimed Campo Grande, Gabriel Doreto.
O médico ressalta “quando se fala dos fatores de risco mais clássicos, como hipertensão, colesterol alto, diabetes, sobrepeso e tabagismo, pensamos nas faixas etárias mais avançadas. Já em pessoas mais jovens, as causas podem estar ligadas a doenças inflamatórias como as vasculites, geralmente associadas a condições reumatológicas. Nesses casos, o tratamento adequado dessas doenças, e o uso de medicamentos que tornam o sangue mais fluido, pode prevenir complicações graves como o AVC isquêmico'.
Outro fator importante é a dissecção arterial, a principal causa de AVC isquêmico entre jovens. “Trata-se da ruptura de uma artéria que leva sangue ao cérebro, e pode ser provocada por traumas no pescoço, esforço físico intenso ou, em alguns casos, durante a gestação. Porém, sempre existe uma predisposição individual que precisa ser considerada', completa o especialista.
Fique atento aos sinais
Dr. Gabriel explica que “normalmente ocorre perda súbita da força ou da sensibilidade em um dos lados do corpo ou da face, além de dificuldade abrupta de fala, com dificuldade para pronunciar as palavras, alterações na visão, tontura ou perda de equilíbrio. Algumas pessoas podem ter ainda perda de consciência ou convulsões.
“Não importa a idade ou o tipo de AVC: qualquer um desses sintomas deve ser tratado como emergência', alerta o médico.
Se identificar qualquer um desses sinais, ligue imediatamente para o serviço de emergência e procure ajuda médica. O tempo de resposta pode fazer toda a diferença na recuperação.
Como prevenir?
• Afira a pressão arterial com regularidade • Evite passar longos períodos sentado: levante-se, caminhe, mexa o corpo • Priorize o sono: noites mal dormidas aumentam o risco cardiovascular • Reduza o consumo de cafeína, energéticos, álcool e nicotina • Pratique atividade física regularmente com acompanhamento profissional • Faça check-ups médicos frequentes, especialmente se há histórico familiar • Esteja atento a sinais de doenças autoimunes ou inflamatórias
Em caso de suspeita de AVC, procure imediatamente um hospital.
A Unimed Campo Grande conta com hospital localizado na Av. Mato Grosso, 4.566, no bairro Carandá Bosque, com atendimento de pronto-socorro 24 horas.
A unidade possui estrutura completa, incluindo serviços de emergência, UTI, laboratório, tomografia, hemodinâmica e equipes preparadas para responder rapidamente a situações de AVC e outras emergências neurológicas e cardiovasculares.
Saiba mais em www.unimed.coop.br/campogrande