Esportes
Leila x Dudu: atacante do Atlético-MG corre risco de gancho? Entenda
Episódio com presidente do Palmeiras pode render punição esportiva ao jogador que agora defende o Galo
BATANEWS/GE
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol (STJD) ainda não definiu uma data para o julgamento do caso do atacante Dudu, do Atlético-MG, com a presidente do Palmeiras, Leila Pereira.
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Dudu foi denunciado pela Procuradoria do Tribunal por ofensas misóginas contra a dirigente. O episódio ocorreu nas redes sociais, após ele deixar o Palmeiras, em janeiro deste ano.
Segundo a avaliação da Procuradoria, o atacante cometeu infração prevista no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva: praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou pessoa com deficiência.
A Procuradoria destacou, ainda, que o Regulamento Geral de Competições, considera de extrema gravidade as infrações de cunho discriminatório. A pena para este caso vai de cinco a dez jogos de suspensão, além de multa entre R$ 100 e R$ 100 mil.
No período do episódio, o atacante ainda defendia o rival do Galo, o Cruzeiro. Agora, o time Alvinegro trabalha internamente e aguarda a marcação do julgamento para apresentar a defesa do jogador.
O conflito eclodiu após a rescisão do contrato entre Dudu e Palmeiras, no fim de 2024. Mas as rusgas já eram públicas desde o início do segundo semestre, quando o atacante chegou a ser anunciado pelo Cruzeiro e voltou atrás.
Leila deu duras declarações no Sportv, solicitando que Dudu cumprisse sua palavra e honrasse o acordo com o Cruzeiro, e disse que pelo Palmeiras ele estava vendido.
As palavras causaram incômodo no atacante, que entendeu que o Palmeiras estava fazendo força para vendê-lo e, no dia seguinte à entrevista, em 17 de junho, após receber uma visita de integrantes da organizada para ser demovido da ideia, decidiu ficar.
As rusgas, contudo, voltaram a aparecer em novembro, quando Dudu exaltou o ex-presidente Maurício Galiotte, antecessor de Leila, chamando-o de "o melhor presidente". Eram os últimos atos do camisa 7, que se despediu do clube sentado no gramado do Allianz Parque ao lado da família.
Com o término do Brasileiro e de férias nos Estados Unidos, Dudu e Palmeiras assinaram a rescisão de contrato, deixando o caminho livre para o atacante se transferir ao Cruzeiro sem retorno financeiro ao clube paulista. Saiu sem evento ou homenagem na despedida.
O Palmeiras alegou no período que havia um acordo entre diretoria e estafe para uma cerimônia assim que ele voltasse das férias, enquanto pessoas próximas ao atleta disseram que em nenhum momento houve acordo. E as partes seguiram os respectivos caminhos sem mais contato.
Em janeiro, a presidente voltou a falar de Dudu ao ser perguntada sobre como evitar que a situação de Rony - considerado negociável, mas sem novo clube - se tornasse igual ao do ex-companheiro. Leila descartou comparações.
– Rony não foi se oferecer para clube nenhum. O Rony sairia pela porta da frente. O Dudu saiu pela porta dos fundos – afirmou.
Poucas horas depois, o atacante usou as redes sociais para xingar e responder às críticas da presidente, dizendo "me esquece", e usando "VTNC", além de emendar novas críticas em uma caixa de comentários.
– Para mim nunca teve a coragem de falar na lata. Parem de ficar puxando saco dessa pessoa porque o que ela fala pelo microfone não é nada disso. #FalsaMaisQueNotaDe2Reais – escreveu Dudu.
Como consequência, a presidente decidiu processá-lo e acionou os advogados por considerar que não ofendeu Dudu e que a resposta do jogador foi "desproporcional e desrespeitosa".