Ex-namorada que cegou tatuador com soda cáustica é condenada a 6 anos de prisão

Sônia Obelar Gregório foi presa em junho do ano passado em Curitiba (PR), 1 ano e meio após o crime

BATANEWS/CAMPO GRANDE NEWS


Sônia alegou ser vítima de violência doméstica e chegou a ter medida protetiva contra tatuador (Foto: Facebook)

Sônia Obelar Gregório foi condenada a seis anos de prisão em regime fechado por jogar soda cáustica no rosto de seu ex-namorado, o tatuador Leandro Coelho Marque, em Campo Grande (MS). O crime ocorreu em fevereiro de 2023, deixando a vítima cega.

Sônia, que estava foragida, foi presa em Curitiba (PR) em junho de 2024. A defesa de Sônia alegou que ela era vítima de violência doméstica e possuía medida protetiva contra Leandro. O julgamento ocorreu em março de 2025 na 3ª Vara Criminal de Campo Grande. A juíza Eucelia Moreira Cassal a sentenciou por lesão corporal grave no contexto de violência doméstica. O processo está em fase de recurso.

De acordo com a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o crime aconteceu entre 19h50 e 20h40 do dia 22 de fevereiro de 2023 na Rua Cajazeiras, Bairro Aero Rancho, em Campo Grande. Na ocasião, Sônia estava com uma jarra com soda cáustica e foi até a academia onde Leandro estava.

A mulher esperou o ex-companheiro escondida atrás de um poste de iluminação e quando Leandro saiu do estabelecimento em uma motocicleta foi parado por Sônia. A autora jogou a soda cáustica no rosto do tatuador que passou algumas semanas internado e acabou ficando cego.

Sônia ficou foragida e em junho do ano passado acabou sendo preso em Curitiba, no Paraná. Em nota, o advogado Guilherme Henrique de Morais Calegari alegou que a mulher jamais se negaria a prestar esclarecimentos necessários e que ela era vítima de agressões físicas e verbais por parte do tatuador. Inclusive, chegou a ter medida protetiva concedida pela Justiça.

No dia 30 de março deste ano a mulher foi julgada na 3ª Vara Criminal de Campo Grande. A juíza Eucelia Moreira Cassal sentenciou Sônia a 6 anos e oito meses de prisão em regime fechado por lesão corporal grave no âmbito da violência doméstica. O processo agora está em grau de recurso