Podcast discute a chegada de Mounjaro ao Brasil e o uso fora da bula de canetas emagrecedoras

Concorrente do Ozempic chega ao país em meio a aumento da procura por emagrecedores

BATANEWS / FOLHA


Podcast Café da Manhã - Reprodução

O Mounjaro (tirzepatida), medicamento para tratar diabetes tipo 2 aprovado em 2023 pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), está prestes a começar a ser vendido em farmácias e drogarias do Brasil. A fabricante, a farmacêutica Eli Lilly, havia anunciado o início das vendas em 7 de junho, mas adiantou os planos para a primeira quinzena de maio.

A procura levou drogarias a oferecerem o remédio em pré-venda, com doses vendidas antes mesmo de elas chegarem às prateleiras. O Mounjaro é concorrente de remédios como Ozempic e Wegovy, que já estavam disponíveis no Brasil. Análogos ao hormônio GLP-1, que sinaliza a saciedade e ajuda no controle da glicemia, eles se popularizaram pelo emagrecimento rápido consequente do uso.

O aumento do uso indiscriminado fez com que a Anvisa determinasse a retenção de uma via da receita médica na farmácia, como acontece na venda de antibióticos, por exemplo. A aplicação off-label dos remédios, para fins que não estão na bula, não é proibido, mas médicos veem com preocupação a falta de controle e alertam para possíveis efeitos na saúde.

O Café da Manhã desta quinta-feira (8) fala do cenário brasileiro de uso das canetas emagrecedoras fora da bula. A repórter da Folha Claudia Collucci explica o que se sabe hoje sobre esses medicamentos, trata das consequências do acesso indiscriminado e discute que mudanças estão em curso nesse mercado.