Mulher rural: protagonista

Cada vez mais qualificadas, elas assumem funções estratégicas em toda a cadeia produtiva, liderando projetos, gerenciando propriedades e operando equipamentos agrícolas com excelência. Compartilhe: Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela) Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela) Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela) Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela)

BATANEWS/O PRESENTE RURAL


Fotos: Freepik

O agronegócio passa por profundas transformações no Brasil e no mundo, e uma das mudanças mais relevantes é a ascensão das mulheres como protagonistas no meio rural. Cada vez mais qualificadas, elas assumem funções estratégicas em toda a cadeia produtiva, liderando projetos, gerenciando propriedades e operando equipamentos agrícolas com excelência. Este movimento não apenas redefine a estrutura do campo, mas também impulsiona o desenvolvimento social e econômico das comunidades rurais.

Durante décadas, o meio rural foi marcado pela divisão de tarefas e pela predominância masculina nas atividades produtivas. Contudo, a realidade contemporânea é outra. As mulheres rurais hoje mostram uma capacidade admirável de adaptação, inovação e liderança, conquistando seu espaço com competência e determinação. Com acesso crescente à educação e à formação técnica, ampliam suas possibilidades de atuação e fortalecem a sustentabilidade do agronegócio.

A qualificação profissional surge como um dos pilares dessa transformação. Programas de treinamento específicos para o público feminino têm aberto portas para que mais mulheres operem maquinários agrícolas, realizem a manutenção de equipamentos, dominem técnicas de inseminação artificial e liderem iniciativas de gestão e inovação nas propriedades. Essa preparação técnica não apenas amplia as possibilidades de atuação, mas também gera maior autonomia, autoestima e capacidade de tomada de decisão entre as mulheres do campo.

Ao se apropriarem do conhecimento técnico, as mulheres demonstram que a modernização do agronegócio depende da inclusão de diferentes talentos e visões de mundo. Sua presença em atividades operacionais, antes vistas como exclusivamente masculinas, prova que competência não tem gênero. Além disso, a mulher rural traz uma gestão mais humanizada, atenta à sustentabilidade e à inovação, elementos fundamentais para um futuro agrícola mais equilibrado e consciente.

O fortalecimento feminino no campo também provoca uma transformação cultural significativa. À medida que as mulheres ocupam novos espaços, elas rompem com estereótipos e inspiram novas gerações. O campo deixa de ser apenas um espaço de produção e passa a ser também um território de inclusão, diversidade e possibilidades. A mulher rural contemporânea é agente de mudanças sociais, econômicas e ambientais, promovendo um novo olhar sobre o desenvolvimento rural.

Valorizar e apoiar essa presença feminina é essencial. Por isso, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em Santa Catarina vinculado à Faesc, intensifica o investimento em formação e qualificação, na promoção de políticas públicas inclusivas e no fortalecimento de redes de apoio. As mulheres do campo não devem apenas participar do futuro do agronegócio — elas devem liderá-lo, imprimindo sua visão de sustentabilidade, inovação e justiça social.

A sociedade contemporânea precisa reconhecer a mulher rural como protagonista de um novo tempo, no qual a força produtiva se alia à sabedoria, à sensibilidade e à capacidade de adaptação. Cada conquista feminina no meio rural é uma vitória para toda a sociedade, pois revela que a verdadeira transformação ocorre quando oportunidades são criadas e talentos são plenamente reconhecidos.

A mulher rural já não é coadjuvante: ela é protagonista da nova agropecuária brasileira. A sua força, competência e inovação são essenciais para moldar um campo mais próspero, justo e sustentável para todos.