Moraes dá 48 horas para Collor comprovar Parkinson e bipolaridade

A defesa pediu a concessão de prisão domiciliar humanitária para o ex-presidente

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O ex-presidente Fernando Collor, em 2016, à época no Senado. Foto: Andressa Anholete/AFP

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes fixou, nesta segunda-feira 28, o prazo de 48 horas para a defesa do ex-presidente Fernando Collor apresentar documentos médicos, no âmbito de um pedido de prisão domiciliar humanitária.

Os advogados sustentam que seu cliente tem idade avançada — 75 anos — e comorbidades graves — doença de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar.

Moraes ordenou que a defesa protocole documentos a comprovarem as alegações, inclusive prontuário, histórico médicos e exames. Também decretou sigilo sobre os arquivos que os advogados encaminharão ao STF.

Após a junção dos documentos, Moraes avaliará a possibilidade de um depoimento de Rogério Tuma, médico do ex-presidente.

Fernando Collor está preso desde a última sexta-feira 25, na ala especial do presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió (AL). O Supremo o condenou a uma pena de oito anos e dez meses por concluir que o ex-senador, com a ajuda dos empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, embolsou 20 milhões de reais para viabilizar irregularmente contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia.