A presença crescente de vendedores ambulantes em Batayporã tem gerado uma onda de reclamações por parte dos comerciantes formalmente estabelecidos na cidade. Segundo relatos, alguns ambulantes vêm adotando posturas abusivas, chegando a desacatar empresários e trabalhadores do comércio local, agindo como se fossem "donos" das ruas onde atuam.

Na manhã desta segunda-feira (4), a equipe do Bata News recebeu denúncias de invasão de espaços privados e até tentativas de intimidação, especialmente quando os comerciantes reivindicam seus direitos ou cobram o cumprimento das normas municipais.

“Eles não respeitam quem está aqui pagando impostos, com alvará em dia, mantendo funcionário. Agem como se a calçada fosse deles”, desabafou uma comerciante da região central, que preferiu não se identificar por medo de represálias.

Além do conflito direto com lojistas, donos de supermercados, mercearias e outros prestadores de serviços, a atuação desses ambulantes motivou um pedido formal à prefeitura para reforçar a fiscalização. Muitos trabalham sem autorização legal, não seguem normas sanitárias e não recolhem tributos, o que intensifica o sentimento de injustiça entre aqueles que cumprem suas obrigações legais.

Segundo apurados pelo Bata News, a população se mostra dividida, enquanto parte vê nos ambulantes uma alternativa mais acessível para compras rápidas, outros moradores reconhecem os impactos negativos da informalidade, muito das vezes com a obstrução de espaços de passeio público. Com isso, os comerciantes pedem ações imediatas. “Não somos contra quem quer trabalhar, mas tem que ter ordem. Ninguém está acima da lei”, reforçou outro lojista.

A reportagem do Bata News segue acompanhando o caso e deverá se reunir com integrantes da Secretaria Municipal de Planejamento e à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, para saber quais medidas serão adotadas para regularizar a situação e garantir o respeito mútuo entre trabalhadores formais e informais.

"Vamos continuar fazendo as denúncias, porque confiamos que o prefeito vai tomar providências. A Câmara está de acordo, e por isso estamos confiantes. O poder público já fez alguns ajustes nas leis, mas é preciso criar mecanismos mais eficazes para impedir a prática de comércio irregular que não recolhem tributos devidos aos cofres públicos", conclui um representante do setor comercial.