Meio ambiente
Falta de chuvas agrava estiagem em rios de Mato Grosso do Sul
BATANEWS/REDAçãO
A escassez de chuvas em julho de 2025 provocou a queda dos níveis de diversos rios em Mato Grosso do Sul, conforme aponta o Boletim dos Rios, divulgado pela Sala de Situação do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS). Três afluentes dos rios Paraguai e Paraná já atingiram cotas de estiagem.
De acordo com o relatório, oito das 14 estações de monitoramento não registraram qualquer precipitação durante o mês. Nas demais, os volumes foram bem abaixo da média histórica, que varia entre 11 e 61 milímetros. O maior volume acumulado foi registrado na estação Estrada MT-738, com apenas 17,2 mm.
Os rios Aquidauana, Pardo e Dourados apresentaram níveis críticos. No posto de Aquidauana, por exemplo, a cota média foi de 198 cm, abaixo da referência para estiagem, de 200 cm. O Rio Pardo, na Fazenda Buriti, teve cota média de 304 cm, próxima do limite de estiagem (303 cm), mas chegou a 291 cm no final do mês. Já no Rio Dourados, a estação registrou média de 93 cm, bem abaixo da cota de 112 cm, o que eleva o risco de queimadas na região.
A análise pluviométrica também identificou seca em pontos das bacias dos rios Piquiri/Cuiabá, Paraguai, Taquari e Dourados. Entre as estações afetadas estão São José do Piquiri, Pousada Taiamã, São Francisco, Ladário, Porto Esperança, Porto Murtinho, Coxim e Dourados.
A rede de monitoramento do Imasul, composta por 14 estações telemétricas, enfrenta desafios técnicos. A estação de Cassilândia está inoperante desde janeiro, e outras, como Porto Murtinho, Ladário e Estrada MT-738, registram falhas na transmissão de dados.
Apesar do cenário de estiagem, o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) prevê chuvas acima da média para agosto nas regiões centro-sul e sudoeste do estado. Cidades como Ponta Porã, Iguatemi, Dourados e Porto Murtinho podem registrar até 40 mm de chuva no mês, o que pode amenizar parcialmente a situação crítica dos rios.