Crespo define padrão para o ataque do São Paulo, e time marca mais gols

Treinador argentino aposta em uma dupla de atacantes que remete à sua época como jogador

BATANEWS/GE


Foto: Divulgação

Desde seu retorno ao São Paulo, Hernán Crespo definiu muito bem a forma como pretende jogar e tem repetido isso em todas as partidas. Para o ataque, o comandante tricolor prefere utilizar dois atacantes, que iniciam os movimentos a partir da faixa central, mas têm total liberdade de movimentação.

Luis Zubeldía, o treinador anterior, preferia montar a equipe com um atacante de referência e dois pontas abertos. No esquema de Crespo, quem dá amplitude para a equipe pelos lados do campo são os alas.

A nova organização ofensiva tem rendido frutos ao São Paulo que anotou 10 gols em seis partidas sob o comando de Crespo. Como forma de comparação, se considerados apenas jogos do Brasileirão, o time de Zubeldía demorou o dobro de partidas para atingir esta marca. Foram 10 gols nas primeiras 12 rodadas do campeonato nacional.

Até jogadores que, em teoria, poderiam perder espaço por serem originalmente pontas, estão se adequando à forma de pensar o jogo do atual técnico. Ferreira é o principal exemplo disso. O camisa 11 começou como titular nas duas últimas partidas da equipe – contra Fluminense e Athletico-PR – e balançou as redes em ambas.

– Eu estou tentando ajudar, eu estou me adaptando, normalmente eu jogo mais pela ponta esquerda. Agora, como você disse, todo mundo está vendo, eu estou jogando mais por dentro ali, do lado do 9. É aquilo, a liberdade para mim, cair para os dois lados, atacar os espaços e eu acho que eu estou me adaptando bem – explicou Ferreira.

O atacante está feliz com a fase artilheira, mas ressalta que o mais importante é ajudar a equipe e cumprir em campo com o que é pedido pelo treinador são paulino.

– O mais importante é ajudar o São Paulo, mas eu estou feliz também que os gols estão saindo – completou Ferreira.

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Crespo, por sua vez, ao analisar o ataque da equipe, destacou a capacidade ofensiva de Luciano e reafirmou que o camisa 10 é um atacante, o que dá a entender que dificilmente o utilizará como meia armador, como já aconteceu no passado.

– Ele é atacante, eu já falei, é um tipo de jogador que vocês conhecem até melhor que eu, ele pode ser o primeiro ou o segundo atacante – afirmou o técnico.

O comandante tricolor, que foi um dos principais centroavantes das décadas de 1990 e 2000, ainda ressaltou a importância de um companheiro de ataque para apoiar Luciano. O que escancarou sua predileção por duplas de ataque, mais comuns na época em que ainda atuava dentro de campo.

– [Luciano] Pode flutuar, chegar à área e chutar, mas o importante é que ele tenha companhia, que jogue outro com ele. Quando ele flutua, que tenha referência, se alguém flutua como Ferreira, ele faz a referência, então tem que estar acompanhado – concluiu o argentino.

O São Paulo volta a campo neste domingo às 20h30 contra o Internacional, no Beira-Rio em Porto Alegre, em partida válida pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Tricolor busca a quinta vitória consecutiva.