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Favoritismos #18: dicas, palpites e chances no Brasileirão
Consolidados na disputa pela liderança da classificação, os três primeiros colocados carregam histórico de vitórias contra os mandantes que enfrentam nesta rodada
BATANEWS/GE
Consolidados na disputa pela liderança da classificação da Série A, os três primeiros colocados carregam nesta rodada um peso histórico que lhes favorece: Flamengo, Cruzeiro e Palmeiras são visitantes pra lá de inconvenientes quando enfrentam, respectivamente, Ceará, Botafogo e Vitória nos pontos corridos.
O líder Flamengo foi visitante contra o Ceará sete vezes desde 2006, quando o Brasileirão passou a ser disputado por 20 equipes, venceu três, empatou três e só perdeu uma vez, em 2020. O vice-líder Cruzeiro não perde como visitante para o Botafogo pela Série A desde 2013: foram quatro vitorias mineiras e três empates desde então. Já o Palmeiras, fez oito jogos como visitante contra o Vitória pelo Brasileirão, venceu quatro deles e só perdeu dois, mesmo atuando fora de casa.
A rodada tem uma tendência maior para a imprevisibilidade porque apenas um jogo não conta com ao menos uma equipe que no meio de semana vá decidir sua sorte nas oitavas de final da Copa do Brasil, o que deve fazer com que jogadores importantes sejam poupados de atuar no fim de semana.
A única partida com duas equipes completamente focadas no Brasileirão e Sanbtos x Juventude, que também é um confronto direto entre dois times que estão no Z4 que leva para a Série B.
Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, Favoritismos traz análises sobre cada uma das dez partidas da rodada da Série A. Para ver o contexto em que cada jogo será disputado, clique nos links abaixo.
Sábado
16h
Sport x Bahia
18h30
Mirassol x Vasco
21h
Fluminense x Grêmio
Domingo
16h
Botafogo x Cruzeiro
Corinthians x Fortaleza
18h30
Atlético-MG x Bragantino
Ceará x Flamengo
19h30
Vitória x Palmeiras
20h30
Internacional x São Paulo
Segunda-feira
20h
Santos x Juventude
Metodologia
Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega no Brasileirão 2025 comparando o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e nos últimos seis jogos, independentemente do mando. Também são consideradas as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Os cálculos referentes à influência de bolas altas e de troca de passes rasteiros entre gols marcados e sofridos só consideram as características dos gols marcados em jogadas. Gols olímpicos, cobranças de pênaltis e de faltas diretas não contam para determinar a influência aérea ou rasteira por serem cobranças feitas diretamente para o gol.
Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de "Gols Esperados" ou "Expectativa de Gols" (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 116.587 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 4.717 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013. Consideramos a distância e o ângulo da finalização, além de características relacionadas à origem da jogada (por exemplo, se veio de um cruzamento, falta direta ou de uma roubada de bola), a parte do corpo utilizada, se a finalização foi feita de primeira, a diferença de valor mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização.
O desempenho de um jogador é comparado com a média para a posição dele, seja atacante, meia, volante, lateral ou zagueiro, e consideramos o que se esperava da finalização se feita com o "pé bom" (o direito para os destros, o esquerdo para os canhotos) e para o "pé ruim" (o oposto). Foram identificados os ambidestros, que chutam aproximadamente o mesmo número de vezes com cada pé.
De cada cem finalizações da meia-lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia-lua tem expectativa de gol (xG) de cerca de 0,07. Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo.
O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo). Para chegar às previsões sobre as chances de cada time terminar o campeonato em cada posição foi empregado o método de Monte Carlo, que basicamente se baseia em simulações para gerar resultados. Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações.
*Gato Mestre é formado pelos jornalistas Arthur Sandes, Davi Barros, Felipe Tavares, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Gustavo Figueiredo, Leandro Silva, Roberto Maleson, Roberto Teixeira, Rodrigo Breves e Valmir Storti, pelos cientistas de dados Bruno Benício e Vitor Patalano e pelo programador Gusthavo Macedo.