Política
Eduardo Bolsonaro ironiza STF e questiona se Corte vai “jogar seu pai em um calabouço”
Na entrevista, deputado também menciona que o STF 'pode fazer maldades' com o pai dele
BATANEWS/REDAçãO
Logo após a sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) desta sexta-feira (1), que marcou a retomada dos trabalhos do Judiciário no segundo semestre, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fez duras críticas aos ministros da Corte e ironizou os discursos de apoio ao ministro Alexandre de Moraes.
Em entrevista à revista Timeline, Eduardo afirmou que se sentiu “muito homenageado” durante a sessão, referindo-se de forma sarcástica às críticas feitas por magistrados à sua atuação nos Estados Unidos. O parlamentar tem articulado junto ao governo norte-americano pela aplicação de sanções ao Brasil, por meio da chamada Lei Magnitsky, em reação ao julgamento que pode condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado.
“Minha moral aumentou”, disse Eduardo. Ele também acusou o STF de perseguição e lançou uma pergunta provocativa: “E aí STF, o que vai acontecer? Vocês vão jogar meu pai em um calabouço imundo torcendo pela morte dele? Ou talvez até encomendando a morte dele?”, afirmou. “Eu não sou um moleque que está ameaçando”, completou.
Na sessão do STF, o ministro Alexandre de Moraes repudiou ações que tentam obstruir a Justiça, classificando como “covarde e traiçoeira” a atuação de “pseudopatriotas” que buscam sanções externas contra o Brasil. Sem citar nomes, o ministro se referiu a figuras como Eduardo Bolsonaro e o comunicador Paulo Figueiredo, que têm promovido lobby nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.
O ministro Gilmar Mendes também condenou as ações do deputado, chamando-as de “ato covarde” e “lesa-pátria”. Ele ressaltou que o Estado brasileiro dará uma “resposta à altura”.
Já o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, declarou que “todos os réus serão julgados com base nas provas produzidas, sem qualquer interferência, venha de onde vier”.