Abel Ferreira recorda Copa de Clubes para criticar vaias ao Fluminense: 'Memória curta'

Técnico saiu em defesa da equipe adversária após triunfo no Maracanã

BATANEWS/GE


Abel Ferreira criticou as vaias que o Fluminense recebeu após a derrota para o Palmeiras por 2 a 1, nessa quarta-feira, no Maracanã. O técnico citou o desempenho da equipe carioca na Copa do Mundo de Clubes - os tricolores foram eliminados na semifinal do torneio da Fifa.

A torcida do Fluminense que me perdoe, só opinião pessoal. Fico triste, desiludido, reflexivo, porque o Fluminense foi a equipe que melhor representou o futebol brasileiro no Mundial. Foi recebida por seus torcedores no aeroporto e fico muito triste, independente de termos ganhados, ver a torcida vaiar esses jogadores que tanto orgulho deram aos torcedores do Fluminense – declarou.

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Para não falar que perderam seu melhor jogador (Arias, vendido ao Wolverhampton). Isso me deixa triste. O torcedor tem a função de apoiar, ainda mais pela equipe que teve a representatividade no Mundial. Se fosse no meu Palmeiras, ia falar a mesma coisa. O que não gosto no futebol é a memória curta, tão curta que menos de um mês essa equipe estava na finais do Mundial e em 10 dias sai em vaia. Isso não é futebol, desculpe – prosseguiu.

Palmeiras e Fluminense disputaram a Copa do Mundo de Clubes e poderiam ter se enfrentado na semifinal. O Verdão, porém, perdeu para o Chelsea nas quartas. O time inglês acabou com o título.

Após ficar a um jogo da final da competição nos Estados Unidos, o Fluminense perdeu três jogos seguidos neste retorno ao Brasil.

– Vocês sabem, vou repetir um pouco. Foram jogos intensos. Eles ganharam não só o prestígio, mas o dinheiro. E isso tem cansaço mental absurdo e perderam seu melhor jogador. Não é tirar um e colocar outro. É a realidade, e acredito que o Fluminense possa. Na Copa tinham três dias para descanso, aqui não tem. Isso é uma vergonha, e ninguém fala. Lá tinha gramado bom.

– Hoje tivemos mais uma lesão, o Renato (Gaúcho) também perdeu um zagueiro. É isso que acontece com jogos de dois em dois dias. Vai afunilando tudo. O Sosa chegou há uma semana, e isso não é assim... Mete aí e ele joga, não pode. Não é assim. Eu tenho falado disso do calendário, daqui dois dias jogamos de novo. Tem que ter sorte para não machucar ninguém. Ninguém quer saber se tem lesionado, se não joga com sua zaga. Só se importam em ganhar. Vão falar que o Abel é mágico, mas zero, zero – completou.