Esportes
Dorival cobra quatro reforços e vê influência política em negociações
Treinador corintiano quer mais jogadores, mas ressaltou necessidade de buscar soluções internas
BATANEWS/GE
Em um jogo no qual o Corinthians teve três desfalques no ataque e precisou recorrer a jogadores das categorias de base, o técnico Dorival Júnior voltou a destacar a necessidade de contratações, especificando pela primeira vez o número de quatro reforços.
Depois da vitória por 1 a 0 sobre o Ceará, na Arena Castelão, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro, o treinador corintiano ponderou, porém, que está buscando soluções internas diante da dificuldade do clube de fechar com novos jogadores.
— Quando acertei com o Corinthians, em especial ao Fabinho, acertamos que precisaríamos de pelo menos quatro jogadores para acrescentar ao nosso grupo de trabalho — iniciou Dorival.
— É natural que temos muitas dificuldades, em razão dessas mudanças todas que vocês estão acompanhando no clube, a saída do presidente Augusto e a chegada desse presidente que está à frente. Ele está tentando desenvolver e dar sequência às contratações, porém elas ficaram um tempo paradas em razão desse problema que tivemos. O Fabinho está trabalhando para que alcancemos alguns nomes. Perdemos alguns no meio do caminho em razão da espera que tivemos que ter — detalhou o treinador.
Falando sobre a promoção de jovens da base, devido à escassez do elenco corintiano, Dorival destacou a necessidade de buscar soluções internas.
O atacante Gui Negão, de 18 anos, teve a primeira oportunidade como titular contra o Ceará. Também da base, o meia Dieguinho e os atacantes Kayke e Kauê Furquim estiveram entre os relacionados.
O Corinthians não pôde contar com Yuri Alberto, ainda em recuperação de uma fratura em uma vértebra na região lombar, e Ángel Romero e Memphis Depay, ambos suspensos.
— Tenho que passar ao torcedor certeza e esclarecer esses fatos. Os jovens precisam de amadurecimento. Todos sabemos que o Corinthians precisa de mais alguns nomes que venham reforçar o grupo de trabalho. Já falei a semana passada, falo agora, e o mais importante é focar em quem aqui está agora. Tenho que ser leal com o nosso torcedor, para que saibam a nossa realidade e os nossos problemas. Estamos trabalhando para buscar soluções internamente.
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Nesta janela de transferências, o Corinthians se despediu dos meias Igor Coronado e Alex Santana e do atacante Giovane, mas ainda não fechou nenhuma contratação.
A falta de dinheiro tem sido o maior empecilho para contratação de atacantes de beirada. O Corinthians fez proposta de 3,5 milhões de euros por 50% dos direitos econômicos de Biel, mas o Sporting, de Portugal, queria 7 milhões de euros por 90%. O Timão desistiu do negócio.
O Corinthians recebeu ainda a oferta do centroavante Carlos Vinicius, livre após deixar o Fulham, da Inglaterra, e iniciou conversas, mas não avançou, por ter atacante de lado como prioridade.
Houve outras negociações, mantidas em sigilo, frustradas por desacerto financeiro. Com fama de mau pagador, o Corinthians enfrenta resistência para pagar de forma parcelada. Os clubes querem receber à vista.
Em entrevista ao "Amazon Prime" antes da partida de quarta-feira, o diretor-executivo de futebol do Corinthians, Fabinho Soldado, ressaltou que as contratações são necessárias, mas devem ocorrer "dentro da realidade" do clube.
— Há várias especulações. Diariamente, são oferecidos vários atletas, mas não tenho o que falar sobre especulações. Temos situações mapeadas, encontramos dificuldades e o Corinthians fará contratações baseadas na sua realidade.
— Precisamos de reforços, mas dentro de nossas possibilidades de ir ao mercado. Existe um departamento para isso, nas janelas anteriores já fizemos dessa forma com criatividade e conhecimento. Estamos focados em conseguir, no momento oportuno, dentro da realidade do Corinthians, trazer esse jogador que possa nos ajudar ainda mais.
Já contando com os retornos de Memphis e Romero, o Corinthians enfrentará o São Paulo na próxima rodada do Brasileirão. O jogo será neste sábado, às 21h (de Brasília), no Morumbis.