Dois homens, Igor Ilson Alonso, de 29 anos, e Matheus Pereira da Silva, de 27, tiveram a prisão preventiva decretada após balearem um homem em frente a uma boate em Dourados (MS). O crime ocorreu na madrugada de domingo (13) e foi motivado por uma dívida da vítima, que atuava como agiota, com os suspeitos. Testemunhas afirmam que Igor efetuou os disparos enquanto Matheus atraía a vítima para perto de um carro.

A dupla fugiu em veículos separados, mas foi encontrada horas depois em um churrasco. Igor confessou o crime e indicou onde havia escondido a arma, um revólver calibre 38. A Justiça considerou a conduta dos suspeitos coordenada e preordenada, demonstrando periculosidade e desprezo pela vida. Ambos já haviam sido proibidos de frequentar a boate por episódios anteriores de violência. A vítima, de 36 anos, está internada em estado grave com um tiro que entrou pela boca e saiu pela nuca.

As suspeitas foram anexadas ao auto de prisão em flagrante, obtido pela reportagem. O ataque ocorreu na madrugada de domingo (13), em frente à boate onde os três estavam. No documento, testemunhas relataram que Igor fez ameaças de morte e atirou quando a vítima, homem de 36 anos, foi atraída até um carro por Matheus. Após os disparos, Igor fugiu de motocicleta e Matheus em um Toyota Corolla.

Para o juiz, o fato de terem deixado o local em veículos distintos reforça que a conduta foi “coordenada e preordenada'.

Horas depois, os dois foram localizados pela polícia em um churrasco no bairro Vila São Brás. “Ambos os autuados foram localizados juntos, poucas horas após o crime, em clima de aparente tranquilidade, participando de um churrasco, o que reforça o vínculo pessoal e a possível comunhão de desígnios entre eles', descreve o juiz Ricardo da Mata Reis.

Durante a abordagem, Igor confessou onde havia escondido o revólver calibre 38 utilizado no crime. A arma foi encontrada em um lava-jato no Canaã III. Segundo a decisão, “Matheus declarou ser proprietário de um estabelecimento semelhante, embora não se saiba, por ora, se se trata do mesmo local'.

A prisão preventiva foi decretada com base na gravidade do caso e no risco de novos crimes. “[...] A dinâmica dos fatos sugere periculosidade acentuada dos agentes e desprezo pela integridade da vida alheia', escreve o magistrado. Ainda conforme o processo, os dois já tinham sido proibidos de frequentar a boate por causa de episódios anteriores de violência.

Igor já foi preso três vezes por furto e Matheus cinco vezes por porte de arma. O juiz citou que “a presença de condições pessoais favoráveis, como primariedade, domicílio certo e emprego lícito, não impede a decretação da prisão cautelar quando devidamente fundamentada', como é o caso.

A vítima permanece internada em estado grave no Hospital da Vida. Um dos disparos entrou pela boca e saiu pela nuca.

Crime - Por volta das 4h de hoje houve uma briga na casa noturna localizada na Rua Weimar Gonçalves Torres, região central da cidade a 251 quilômetros de Campo Grande. Os envolvidos foram retirados do local e a confusão continuou do lado de fora.

Técnica de enfermagem saía da boate junto com o marido e um amigo quando ouviram os disparos e viram um dos suspeitos correndo. A mulher, que prefere não se identificar, tentou ajudar a vítima que estava com muito sangue na boca até a chegada do socorro.

Ela relatou que um dos tiros atingiu a boca do homem e saiu pela nuca. Equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionada e a vítima levada para o Hospital da Vida em estado grave.