A quantidade de automóveis que o Brasil comprou da China bateu recorde no 1º semestre de 2025: foram 134.582 carros. O número representa uma alta de 3,6% em relação ao mesmo período em 2024, quando houve a importação de 129.933 veículos do país asiático.

O número representa 62,1% do total. Da Argentina, o Brasil trouxe 40.616 carros, todos a combustão.

Leia o infográfico abaixo:

Na prática, os 134,6 mil veículos chineses que entraram no Brasil superam em cerca de 3 vezes o que o Brasil trouxe da Argentina –de onde os brasileiros mais importavam carros. Em 2024, a China assumiu a liderança.

O México se manteve como o 3º país que mais vende automóveis para o Brasil, com 20.331. O levantamento do Poder360 se baseia em dados do Comex Stat, sistema do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços que contém estatísticas do comércio exterior brasileiro.

O volume de carros chineses cresceu, mas o valor pago caiu: totalizou US$ 2,0 bilhões de janeiro a junho de 2025 contra US$ 2,6 bilhões no mesmo período de 2024. Representa um recuo de 20,6% na comparação entre os semestres.

Quando se considera o tipo, o total de carros híbridos (com motor a combustão e elétrico) foi de 103,8 mil. Cresceu 29% no 1º semestre de 2025 ante o mesmo período em 2024.

O número de automóveis com motor a combustão atingiu 74.315 nos 6 primeiros meses deste ano, enquanto os carros com motor exclusivamente elétrico somaram 38.067 no período.

O Brasil importou US$ 2,7 bilhões de automóveis nestas duas categorias nos 6 primeiros meses de 2025 ante US$ 3,4 bilhões no mesmo período de 2024. Representa uma queda de 20,6%.

O volume atingiu US$ 572,7 milhões em carros elétricos (queda de 57,7%) e US$ 2,15 bilhões em híbridos –alta de 2,7%.

Foram 141.884 carros híbridos e elétricos importados no acumulado de 2025 ante 148.959 de janeiro a junho de 2024. A queda de 4,7% foi registrada depois do aumento gradual da alíquota do imposto de importação sobre esses veículos.

A taxação varia de 25% a 30%, a depender do tipo de motor. O tributo estava zerado desde 2015 e voltou a ser cobrado a partir de 2024.

A reoneração será concluída em julho de 2026, com a alíquota uniforme de 35% sobre as duas categorias.

A China segue invadindo o mercado de carros no Brasil. Esse cenário persiste mesmo depois da retomada do imposto de importação sobre automóveis elétricos e híbridos.

Os fabricantes brasileiros fizeram pressão para que a cobrança voltasse a ser feita. Segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), o Brasil deixou de arrecadar R$ 6 bilhões em tributos por ano ao deixar de taxar veículos elétricos e híbridos vindos do exterior.

Por ora, só desencorajou a compra de modelos com motor exclusivamente elétrico, cuja importação caiu 44,4% em 2025 em relação a 2024.

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