A empresa está buscando processadores de grãos com capacidade combinada para fornecer mais de 500 mil toneladas métricas por ano de grãos secos de destilaria, um subproduto da produção de etanol de milho usado em ração animal, segundo Liu Wei, representante geral da C&D no Brasil. O negócio também está avaliando investimentos em produtores brasileiros de DDGs, como é conhecido o insumo.

'Nosso grupo quer ser o primeiro a participar desse negócio no Brasil', disse Wei em entrevista, acrescentando que as empresas do grupo C&D consomem pelo menos 30 mil toneladas do ingrediente por dia.

O caso dos grãos de destilaria destaca como a China está ampliando os laços comerciais com o Brasil —uma potência agrícola que já fornece a maior parte de suas importações de soja— enquanto se distancia dos EUA. Em maio, Pequim concordou em abrir seu mercado para fornecedores brasileiros desse ingrediente para ração, enquanto continua a restringir as importações americanas por meio de tarifas antidumping e compensatórias.

As importações chinesas de DDGs atingiram o pico de quase 7 milhões de toneladas métricas em 2015, a maior parte vinda dos EUA, mas caíram desde que as barreiras comerciais foram impostas. O país importou 233 mil toneladas métricas do insumo em 2024, de acordo com dados oficiais chineses (Bloomberg, 3/7/25)