Depois da China, União Europeia também suspende importações de carne de frango do Brasil

Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, confirmou autoembargo e negociações para regionalizar restrições impostas por parceiros comerciais. Compartilhe: Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela) Facebook Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela) WhatsApp Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela) LinkedIn Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela) Telegram

BATANEWS/REDAçãO


Foto ilustrativa/Divulgação/Arquivo OPR

Depois da China, a União Europeia também suspendeu as importações de carne de frango brasileira. A medida foi confirmada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, nesta sexta-feira (16), após a detecção do primeiro foco de gripe aviária em um plantel comercial no Brasil.

No caso do bloco europeu, a suspensão foi adotada por meio de autoembargo, conforme determina o protocolo sanitário vigente entre o Brasil e a União Europeia. A medida é automática sempre que há confirmação de casos da doença em produção comercial, como o registrado recentemente.

A União Europeia é um dos 10 principais destinos da carne de frango brasileira. Somente em 2024, os embarques para os 27 países do bloco somaram 229,9 mil toneladas, gerando receita de US$ 655,3 milhões — o equivalente a aproximadamente 7% do total exportado pelo setor.

China suspende importação por 60 dias

Já a China, maior importadora global de proteína animal, também optou por restringir temporariamente as compras de carne de frango brasileira. A suspensão entrou em vigor nesta sexta-feira (16) e deve durar até 60 dias, conforme os protocolos do país asiático.

Atuação para conter os efeitos das suspensões

Diante do impacto, o governo brasileiro está atuando para conter os efeitos da suspensão. O ministro Fávaro informou que o Brasil busca negociar com a União Europeia a adoção de um modelo de regionalização das restrições, com limitação das suspensões apenas à área do foco ou, no máximo, ao estado afetado. “Desde o primeiro caso de gripe aviária em aves silvestres, há dois anos, temos trabalhado para atualizar os protocolos com diversos países. Em alguns casos, as negociações ainda estão em curso. Queremos demonstrar que as demais regiões estão livres da doença, permitindo a retomada gradual das exportações', explicou o ministro.

Segurança no consumo

A gripe aviária não afeta a segurança do produto processado, mas a confirmação de casos em granjas comerciais ativa protocolos rigorosos entre os parceiros comerciais. O Brasil, que mantém status de país livre da doença com notificação oficial à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), reforça a vigilância sanitária e segue monitorando a situação para preservar a confiança internacional no seu sistema de controle.