Asencio, do Real Madrid, é processado por compartilhar imagens sexuais sem consentimento

Zagueiro, que é titular do time principal, vira alvo da Justiça espanhola com três ex-companheiros da base. Imagens seriam de duas mulheres, uma menor de idade, e teriam sido exibidas sem consentimento

BATANEWS/GE


O zagueiro Asencio, do Real Madrid, e outros três ex-companheiros do defensor na base do clube espanhol foram processados formalmente após serem acusados de gravar e compartilhar imagens de duas mulheres - uma delas menor de idade - sem consentimento. A decisão de processá-los foi tomada pelo Tribunal de Instrução Número 3 de San Bartolomé de Tirajana.

O caso veio à tona em setembro de 2023, quando o nome dos jogadores ficou em segredo por parte da polícia local. Apenas foi informado que um dos jogadores era do Real Madrid Castilla, a equipe B do clube, e os outros três do Real C. Um deles teria gravado um vídeo íntimo de uma menor e difundido para outros atletas. Inclusive, o envolvimento de jogadores do time principal no caso chegou a ser cogitado.

Depois, os nomes dos envolvidos foram revelados: além de Raúl Asencio, hoje titular do time principal aos 22 anos, também foram acusados Andrés García , Ferrán Ruiz e Juan Rodríguez. A investigação começou após uma denúncia apresentada no município de Santa María de Guía, nas Ilhas Canárias. A mãe da menor foi a autora da denúncia, que levou à detenção dos atletas no CT Valdebebas, na época.

Um dos jogadores teria tido relações sexuais com a vítima, que teria 16 anos na época. O crime teria ocorrido na cidade Mogán, também nas Ilhas Canárias, quando o atleta teria gravado o vídeo e, posteriormente, compartilhado em um aplicativo de mensagens. A polícia indicou que o vídeo circulou por diferentes grupos de atletas do Real Madrid.

Com a decisão do Tribunal nesta quarta, a investigação foi encerrada, com o processo criminal aberto contra os quatro acusados. Agora, o Ministério Público e a Promotoria podem apresentar as acusações e solicitar o julgamento dos envolvidos. Eles podem ser condenados por violação de privacidade, distribuição de vídeos sem consentimento e recrutamento ou utilização de menores para fim pornográficos, além de posse de pornografia infantil.