Justiça Federal extingue ação contra "gabinete paralelo' de Janja

Juiz Frederico Viana disse que a ação não apresentou danos ao patrimônio público e à moralidade administrativa

BATANEWS/PODER360


A ação popular afirmava que o dinheiro desembolsado para a manutenção de um gabinete informal instalado no Palácio do Planalto seria ilegal

O juiz federal Frederico Botelho de Barros Viana, da 22ª vara Federal Cível do Distrito Federal, extinguiu a ação popular do vereador Guilherme Kilter (Novo-PR) contra a primeira-dama Janja Lula da Silva na 6ª feira (14.mar.2025) por “ausência' de uma mínima demonstração de danos “ao patrimônio público e à moralidade administrativa” . 

Segundo o juiz Frederico Viana, o autor da ação popular deveria ter trazido elementos que comprovem “com eficácia' a “ilegalidade ou lesividade' da atividade ilícita descrita. Contudo, o vereador teria se substanciado de “meras conjecturas e suposições, despidas de provas' para afastar a “ legitimidade' dos atos administrativos praticados pela Presidência da República.

O juiz também disse que esses atos sequer foram apontados de forma individualizada e ressaltou que a “mera reprodução de notícias de jornal ou mídia e/ou publicações em redes sociais não possuem respaldo probatório” . 

“ Reconhecendo a carência da ação popular, pela manifesta ausência da mínima demonstração da lesividade dos atos impugnados ao patrimônio público e à moralidade administrativa, indefiro a petição inicial, julgando extinto o processo sem resolução do mérito” , disse o juiz. 

A ação popular alegava   “proteção da moralidade administrativa e do dinheiro público' e afirmava que o dinheiro desembolsado para a manutenção de um gabinete informal instalado numa sala de 25 metros quadrados, no 3º andar do Palácio do Planalto, seria ilegal e estaria sendo indevidamente gasto pela primeira-dama.

O vereador também alegava que, no gabinete, trabalham pelo menos 12 servidores comissionados, sem vínculo formal com a administração pública federal. Ele citava uma reportagem de 26 de dezembro de 2024 publicada pelo Estadão.

A publicação diz que Janja mantém o “gabinete paralelo', composto por assessores de imprensa, especialistas em redes sociais, militar designado como ajudante de ordens e fotógrafo pessoal, ao custo mensal aproximado de R$ 160.000 aos cofres públicos.