Agronegócios
O que vai acontecer com os preços da soja?
AGROLINK/LEONARDO GOTTEMS
De acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica, a recomendação para os produtores de soja é vender o produto que ainda resta, pois a tendência é de queda nos preços no futuro. Como exemplo a consultoria cita o que aconteceu em 2022, dizendo que o panorama pode se repetir.
“Nossa recomendação é que os agricultores brasileiros aproveitem estas breves altas do mercado para fixarem o preço do que resta vender desta safra e façam o dinheiro render juros, quer em aplicações financeiras, quer nos seus próprios negócios (mais aconselhável), porque, desta forma, é certo que aumentarão o lucro atual, já que a tendência do mercado, a médio e longo prazo, é de queda, com o aumento da oferta. Lembrem-se da situação de 2022, quando os preços começaram altos e foram caindo durante toda a temporada”, comenta.
Dentre os fatores preponderantes, as cotações da soja em Chicago, base dos preços físicos, estão andando para o lado e a soja brasileira deverá fazer forte concorrência à soja norte-americana no segundo semestre. “Não há, no horizonte a curto, médio ou longo prazo, sinais que podem impulsionar as cotações para cima, mas, ao contrário, com o aumento das produções do Brasil (+6 MT para 165MT) e da Argentina (+23 MT), compensando o recuo de 2 MT dos EUA, aumentando a pressão da oferta mundial”, completa.
Para a próxima safra, os agricultores estão comprando insumos, alguns fazendo barter e devem saber que já podem fixar preços lucrativos para a temporada 23/24. “Não tenha medo de agarrar um bom lucro; tenha vergonha de perder dinheiro como na safra 22/23. ‘E, se…’ é uma expressão que leva ao prejuízo”, conclui.