Demanda se volta pro Brasil e milho cai na B3

“A verdade é que, apesar dos bons números, só exportamos cerca de 30 milhões das 43 milhões de toneladas que teremos"

BATANEWS/AGROLINK/LEONARDO GOTTEMS


Imagem: Divulgação

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A demanda de milho se voltou ao Brasil, mas não o suficiente, então as cotações do cereal caíram na Bolsa de Mercadorias de São Paulo, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Estamos enfatizando há várias semanas que a demanda latente por milho brasileiro é muito grande, mas ainda não foi efetivada o suficiente para escoar a grande produção da última safra e, com isto, elevar os preços. E o entrave parece estar localizado na burocracia do Ministério da Agricultura”, comenta.

“A verdade é que, apesar dos bons números, só exportamos cerca de 30 milhões das 43 milhões de toneladas que teremos para exportar nesta temporada, o que deixa ainda uma grande disponibilidade interna pressionando os preços locais e as cotações da B3, como as de hoje. Diante disto, as cotações futuras fecharam em queda no dia, mas altas no comparativo semanal: o vencimento novembro/22 fechou a R$ 86,86, queda de R$ 0,22 no dia e alta de R$ 0,46 na semana (últimos 5 pregões); janeiro/22 fechou a R$ 92,03, queda de R$ 0,49 no dia e de R$ 0,39 na semana e março/23 fechou a R$ 95,20, queda de R$ 0,40 no dia e alta de R$ 0,35 na semana”, completa.

A cotação de dezembro fechou em queda de 0,26% ou $ 1,75/bushel, a $ 681,75. A cotação para março 2023, início da nossa safra de verão, fechou em queda de 0,33% ou $ 2,25 bushel a $ 687,50.

“Perspectivas de menor demanda externa diante da forte concorrência do Brasil, condicionaram os valores. Petróleo em declínio, operado na mesma direção. O avanço da safra norte-americana está em 45% (vs. 46% esperados). De qualquer forma, o progresso está ocorrendo em bom ritmo e supera a taxa histórica para esta época do ano (40%)”, conclui.