Política
Sou uma exilada e perseguida política no Brasil, diz Zambelli
Deputada licenciada agradeceu o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) por pedir ao governo italiano que a acolha no país
BATANEWS/PODER360
A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) agradeceu neste sábado (26.jul.2025) ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) por ter defendido que o governo da Itália que a acolha. Em vídeo publicado em perfis alternativos, a congressista afirmou estar vivendo como uma “exilada política' no país europeu. Zambelli deixou o território brasileiro depois de ser condenada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a 10 anos de prisão.
“Eu queria dizer que hoje acordei com uma notícia muito boa, que é um vídeo do Flávio Bolsonaro falando por mim, pedindo por mim para a Giorgia Meloni, para o Matteo Salvini, que é o vice-primeiro-ministro daqui, pedindo para que me recebessem porque sou uma exilada política, sou uma perseguida política no Brasil', declarou.
A deputada continua ativa nas redes sociais, mesmo depois da suspensão de seus perfis oficiais por determinação do Supremo. Ela passou a publicar em uma conta alternativa no Instagram em 13 de junho, 9 dias depois da decisão do ministro Alexandre de Moraes. No perfil, que tem cerca de 11.000 seguidores, a congressista licenciada faz críticas à Corte e comenta sobre a tarifa imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.
Em entrevista ao portal Metrópoles, Flávio pediu que as autoridades italianas “abram as portas do governo para essa perseguida política'. Segundo ele, a deputada teria deixado o Brasil por não acreditar que “enfrentaria um processo justo e imparcial'.
No vídeo, a deputada avaliou que a fala do senador pode ajudá-la em sua tentativa de obter abrigo político.“Tudo isso que vem acontecendo só vem facilitar o nosso entendimento aqui, porque se não estivesse acontecendo tudo isso, com a sanção, com uma série de coisas, realmente não daria para entender o que está acontecendo comigo', disse.
Zambelli finalizou a gravação agradecendo ao seu advogado, Fábio Pagnozzi, e disse que ele “tem feito um trabalho maravilhoso no Brasil'.
Zambelli foi condenada em 14 de maio, por unanimidade da 1ª Turma do STF, pelos crimes de falsidade ideológica e invasão de dispositivo informático qualificada. A pena total é de 10 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado, além de 200 dias-multa e indenização de R$ 2 milhões por danos morais coletivos.
Em 4 de junho, Moraes decretou a prisão da deputada depois de ela anunciar que havia deixado o Brasil. O ministro ainda determinou a inclusão de Zambelli na difusão vermelha da Interpol e bloqueou seus passaportes, contas bancárias, investimentos, veículos, imóveis e redes sociais.