Casal recebe drogas via Correios e é preso pela Polícia Civil

Policiais e traficantes receberam juntos a encomenda: quando a embalagem chegou na casa, flagraram o momento em que o homem recebeu o pacote

BATANEWS/REDAçãO


Entorpecentes, R$ 13 mil em espécie, papel filme, balanças de precisão, tesouras e embalagens zip-lock foram apreendidos pela DENAR - Divulgação/Polícia Civil - MS

Homem de 23 anos e mulher de 22 anos foram presos, neste sábado (19), por tráfico de drogas via Correios, no residencial Ana Maria do Couto, em Campo Grande.

A entrega ilícita, por entrega postal, era composta por 284 g de derivados da maconha avaliados em aproximadamente R$ 100 mil e 26 comprimidos de ecstasy (MDMA) com valor estimado de R$ 1 mil. O rapaz já tinha passagem pela polícia por tráfico.

A prisão foi desencadeada pela Polícia Civil, através da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (DENAR).

Conforme apurado pela reportagem, a DENAR recebeu uma denúncia anônima de que drogas do tipo dry (variante da maconha de alto valor comercial) estava sendo enviada para a Capital via Correios.

A partir do código de rastreio, investigadores acompanharam a entrega, que estava próxima do endereço final, que é a residência do traficante.

Policiais e traficantes receberam juntos a encomenda: quando a embalagem chegou na casa, flagraram o momento em que o homem recebeu o pacote.

Interrogado, ele confessou que a encomenda continha haxixe e outras variantes da maconha, o que foi confirmado após abertura do volume.

Os policiais adentraram no imóvel e flagraram uma estrutura montada para preparo e porcionamento de entorpecentes, com papel filme, balanças de precisão, tesouras, embalagens zip-lock e utensílios relacionados ao uso e armazenagem de drogas, além de resquícios de droga em móveis e no chão.

Em um dos quartos, quantia de R$ 13.802,00 em dinheiro foi apreendida, sem comprovação fiscal. A droga e o casal foram conduzidos à DENAR.

TRÁFICO DE DROGAS

O tráfico de drogas é um problema crescente no Brasil.

Comércio, transporte e armazenamento de cocaína, maconha, crack, LSD e haxixe são proibidos no território brasileiro, de acordo com a Lei nº 11.343/2006.

Mas, mesmo proibidos, ainda ocorrem em larga escala em Mato Grosso do Sul. O Estado é reconhecido como um importante corredor no Brasil, devido à sua extensa fronteira com outros países e é uma das principais rotas utilizadas para a entrada de substâncias ilícitas no país. 

O tráfico resulta em diversos crimes direta e indiretamente, como furto, roubo, receptação e homicídios.

Dados divulgados pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 8.765 quilos de cocaína, 1.794.089 quilos de maconha e 75 quilos de outras drogas foram apreendidos, entre 1º de janeiro e 18 de julho de 2025, em Mato Grosso do Sul.

A apreensão de drogas cresceu 151% no primeiro trimestre de 2025 , em comparação ao mesmo período de 2024, no Estado.

Números mostram que 116,3 toneladas de entorpecentes foram apreendidas entre 1º de janeiro e 31 de março de 2025, frente a 46,2 toneladas capturadas no mesmo período do ano passado. O número representa um crescimento de 151%.

Os órgãos responsáveis em apreender entorpecentes são Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF), Polícia Militar (PMMS), Polícia Civil (PCMS) e Guarda Civil Metropolitana (GCM).

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