Policial
Vereadora do PT morta no RS era de facção criminosa, diz polícia
Elisane Rodrigues, da cidade gaúcha de Formigueiro, foi assassinada a facadas em 16 de junho de 2025 e despertou solidariedade de Janja, que considerou o episódio “feminicídio'
BATANEWS/REDAçãO
Investigação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul afirma que a Elisane Rodrigues, vereadora morta a facadas na noite de 16 junho de 2025, era ligada a uma organização criminosa. Segundo a polícia, está descartada qualquer motivação política para o assassinato.
Elisane tinha 49 anos e era vereadora pelo PT na cidade gaúcha de Formigueiro, que fica a 285 km de Porto Alegre. Sua morte despertou uma onda solidariedade entre petistas, inclusive com a primeira-dama, Janja Lula da Silva, que fez uma publicação de apoio no seu perfil no Instagram em 18 de junho: “A violência contra as mulheres é uma realidade cruel e inadmissível e o feminicídio exige uma resposta firme e urgente'.
Na 5ª feira (10.jul.2025), a Polícia Civil do Estado prendeu a mulher suspeita de ser a mandante do assassinato da vereadora. No dia 20 de junho, 3 dias depois do crime, a polícia já havia detido o provável assassino, um homem de 18 anos.
Para o responsável pelo caso, delegado Antônio Firmino de Freitas Neto, da Delegacia de Formigueiro, a vítima foi atraída ao local do crime sob o pretexto de que ela poderia comprar carne abaixo do valor de mercado. Elisane conhecia o suspeito do assassinato.
Ainda segundo as investigações do caso, a vereadora teria sido morta por causa de disputas internas da facção criminosa da qual ela fazia parte —grupo acusado pela polícia de atuar no tráfico de drogas. Inicialmente, a linha de investigação adotada sugeria que o motivo do crime seriam dívidas contraídas pelo filho de Elisane Rodrigues.
Na realidade, a dívida em questão teria sido feita pela própria vereadora, e não pelo filho. Ela atuaria como uma espécie de tesoureira da facção criminosa, diz a polícia. A informação é da revista Veja.
No X (antigo Twitter), o vereador de Curitiba Rodrigo Marcial (Novo-RS) publicou diversos posts em que aborda o caso. Segundo ele, “a vereadora tinha cerca de R$ 500 mil nas contas bancárias, e o próprio filho também estaria envolvido com o tráfico [de drogas]'.
O político ainda aproveitou a oportunidade para criticar os petistas que se solidarizaram com a morte da mulher. “O lulopetismo corre para narrativas emocionais — “ódio político', “misoginia', “golpismo' — enquanto ignora, sistematicamente, os vínculos de parte de sua base com o crime organizado', escreveu.
Depois das informações trazias à tona pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, integrantes do PT não se manifestaram novamente sobre o caso.