Técnico do Al Ahly rasga elogios ao Palmeiras na Copa de Clubes: 'Um dos melhores do campeonato'

Contratado pouco antes da estreia, José Riveiro vê qualidade do Alviverde em termos de estabilidade e momento, faz elogios à postura do time e a Estêvão: "Tem um futuro brilhante"

BATANEWS/GE


José Riveiro comanda o Al Ahly às 13h desta quinta-feira contra o Palmeiras com o desafio, assim como Abel Ferreira, de conquistar a primeira vitória na Copa do Mundo de Clubes. Uma que tem peso para a classificação às oitavas de final da competição. Às vésperas do confronto, o técnico rasga elogios ao Verdão, explica plano para marcar Estêvão e demonstra conhecimento sobre o rival.

Precisamos lutar o máximo possível para ter um bom resultado contra o Palmeiras. Acho que é um dos melhores times do campeonato em termos de estabilidade, situação atual – afirmou, na tarde desta quarta-feira.

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Riveiro trabalha como recém-chegado na equipe do Al Ahly, que até pouco tempo estava sob comando do técnico Marcel Koller, demitido após a eliminação na Liga dos Campeões da África, pouco antes da Copa do Mundo de Clubes. Sua primeira partida pelo time, aliás, foi na estreia do torneio, contra o Inter Miami, terminada em empate sem gols.

Cenário que contrasta com a realidade do Palmeiras, trabalhando desde o fim de 2020 com Abel Ferreira.

Acho que já fizeram 300 partidas juntos ou até mais. É uma equipe que sabe muito bem responder às situações porque jogam juntos há muito tempo. Pode se adaptar muito rapidamente, vimos isso contra o Porto, partida com muita tática – observou o treinador.

Assim como o Al Ahly contra o Inter Miami, o Palmeiras empatou sem gols com o Porto na rodada de estreia da Copa, mas chamou a atenção pela pressão exercida até os minutos finais enquanto via o rival sentir o desgaste físico do ritmo intenso da partida.

É uma equipe que nós vemos muita determinação, tem uma defesa muito agressiva, são capazes de colocar muita pressão, tem muita coragem.

É uma equipe muito vertical, muito rápida, tem um meio de campo incrível, tem meias muito bons e também tiveram uma excelente participação nos últimos campeonatos. Passaram por muitos jogos juntos e conseguem se adaptar só se olhando, sem nem falar. Acho que vai ser um rival de altíssimo nível – conclui.

Ao longo da entrevista, ao ser perguntado sobre situações individuais envolvendo atletas do Al Ahly, como no caso de Zizo, reforço badalado pouco utilizado na estreia, e Trezeguet, que perdeu o pênalti e terminou multado porque não era o cobrador principal, José Riveiro deixou claro que não gosta de falar individualmente sobre atletas. Prefere a perspectiva do time como coletivo.

Não se opôs, porém, a falar sobre Estêvão. Foi perguntado, portanto, sobre qual o plano para marcar o atacante de 18 anos do Alviverde.

Nós vimos isso no Inter Miami. Existem jogadores que eles te obrigam a trabalhar no mano a mano e evitar algumas situações em que eles voltam, te dão as costas, talvez você possa jogar mais para trás.

Quando está jogando na defensiva, a ideia é que o adversário jogue pior do que geralmente joga. Foi o que fizemos com o Messi. Trata-se de cortar as possibilidades deles, não deixar receber os passes, fazer com que eles fiquem desconfortáveis, encurralados e não joguem tão bem.

Tem jogadores desafiadores. E geralmente isso não é suficiente. Porque com uma única intervenção eles podem mudar tudo. Estêvão é uma pessoa jovem que tem um futuro brilhante.