Policial
Trump ordena que líder supremo do Irã se renda: ‘Paciência se esgotando’
Há indícios de que Israel possa continuar confronto contra Irã sozinho, mas não se descarta apoio de Trump
EVELYN MENDES
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu um ultimato na tarde desta terça-feira (17) ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei. Trump afirmou que não vão matá-lo “por enquanto”, mas que a “paciência está se esgotando”.
Trump disse, em sua rede social, que sabe exatamente onde está Khamenei e ameaçou, dizendo que ele é alvo fácil. Na sequência, o presidente norte-americano acrescentou que o líder supremo iraniano está seguro lá e pediu “rendição incondicional”.
Antes de fazer ameaças a Khamenei, Trump afirmou que o espaço aéreo do Irã já está sob total controle. Na segunda-feira (17), os EUA enviaram dois porta-aviões ao Oriente Médio, em um recado direto de que está com Israel no conflito.
Israel iniciou as hostilidades contra o Irã na sexta-feira (13), com o objetivo declarado de acabar com o controverso programar nuclear iraniano. Desde então, os dois países trocaram ataques.
Uma hora após o início das ofensivas, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que o país não estava envolvido nos ataques israelenses ao Irã. “Israel tomou medidas unilaterais contra o Irã. Não estamos envolvidos em ataques contra o Irã e a nossa principal prioridade é proteger as forças americanas na região”, disse em um comunicado compartilhado pela Casa Branca nas redes sociais.
Apesar de negar envolvimento, a Casa branca foi avisada dos planos israelenses. Em entrevista à Fox News, Trump afirmou que sabia que Israel atacaria o Irã e ressaltou que o país islâmico “não pode ter bomba nuclear”.
Pesquisadores afirmam que os indícios apontam para uma participação “solo” de Israel nos ataques. “Tudo que sabemos sobre a logística, por exemplo, sobre os drones escondidos no Irã, sugere que Israel realizou o ataque sozinho”, disse Sasha Lohmann, membro do grupo de pesquisa para as Américas do Instituto Alemão de Assuntos Internacionais e de Segurança, em entrevista à DW.
Lohmann, entretanto, não descarta a possibilidade de que os EUA tenham ajudado. O envio de 200 jatos que voaram para o Irã e retornaram, por exemplo, levanta a questão de se os militares americanos fornecem apoio com reabastecimento aéreo, de acordo com Lohmann.
*Informações UOL