Entre idas e vindas, Guilherme vai fechar o semestre em alta no Santos. O camisa 11 é o titular de Cleber Xavier no ataque e fez dois gols importantes nos últimos três jogos: contra o Vitória e contra o Fortaleza, ajudando a garantir seis pontos e chegando à marca de 12 gols, na artilharia isolada da equipe em 2025.

Mas, para chegar a esses números e a essa reta final bem mais tranquila do que o tortuoso semestre, precisou enfrentar uma lesão e até vaias em campo com a bola rolando na Vila Belmiro. Mesmo assim, escolheu ficar no clube e nem abriu conversas ao receber uma proposta do Atlético-MG.

Para Guilherme, não se trata de ser muito criticado, mas sim de manter a cabeça no lugar e trabalhar.

– O muito criticado eu não consigo enxergar. São oito milhões de torcedores. Quantos criticam? É normal, é do jogo, eu respeito o torcedor, o importante é manter os pés no chão, mente forte, segui trabalhando. Vocês já me conhecem, né? Jamais vou debater com torcedor. Vou trabalhar quietinho, vestir a camisa e representar. Fazendo ou não gols, dando meu melhor. Voltei a marcar, o Amado vai seguir representando a camisa do Santos – disse, ao ge.

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Internamente, Guilherme é muito bem visto pelo elenco. Além de não ter caído na tentação de responder torcedores que o criticam com xingamentos e ofensas pessoais, escolheu seguir com o grupo mesmo na fase ruim. Soteldo, por exemplo, preferiu atuar pelo Fluminense.

Embora não tenha dado nomes, o técnico Cleber Xavier chegou a exaltar a postura de Guilherme.

– Eu aprendi no futebol que você precisa respeitar o desejo do jogador que não quer continuar com o grupo. Soteldo não queria continuar. Eu quero valorizar, eu peço que apoiem, aquele jogador que quis ficar, que decidiu permanecer conosco. Depois, se esse cara não conseguir desempenhar, é algo que faz parte do jogo. Mas, durante o jogo, preciso apoiar e ter a energia de todos – disse.

Guilherme tem contrato com o Santos até dezembro do ano que vem.