O garoto Lucca, de apenas 17 anos, entrou pela primeira vez em campo pelo time profissional do São Paulo aos 40 minutos do segundo tempo da partida contra o Libertad, pela fase de grupos da Conmebol Libertadores, no Morumbis.

O Tricolor tinha um jogador a menos desde a etapa inicial e perdia por 1 a 0. O atacante, como se mostrasse um cartão de visitas, pegou a bola na ponta esquerda, passou pela marcação, invadiu a área e empatou a partida.

O primeiro gol de Lucca como jogador profissional classificou o São Paulo para o mata-mata da Libertadores. A personalidade forte para não sentir o peso da responsabilidade que tinha em seus ombros naquele momento tem sido um traço do atacante no dia a dia no CT da Barra Funda.

O ge conversou com diversas pessoas que convivem com o elenco do São Paulo diariamente. O relato que mais chama atenção é de que Lucca quebrou uma tradição, a de que os jovens recém-promovidos ao profissional costumam se relacionar mais entre eles do que com os demais jogadores.

Em refeições, momentos de descontração e situações do cotidiano de um elenco que convive junto diariamente, Lucca tem se aproximado mais de líderes do elenco do que de garotos de sua idade. Isso tem sido visto internamente como algo positivo, como uma demonstração de personalidade forte (e boa) do garoto de apenas 17 anos.

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O que também chama a atenção de quem circula pelo CT da Barra Funda é o comportamento de Lucca nos treinamentos, fechados para os jornalistas. O ge ouviu que o garoto não se intimida com chegadas mais duras de companheiros. A cada vez que é desarmado ou derrubado com falta, parte para cima novamente para tentar outra jogada individual.

Quando leva uma bronca por algum erro, Lucca também não se abate. Costuma ouvir, quieto, absorver e seguir em frente. Não discute, não bate boca e não muda seu estilo de jogo por cobranças de companheiros e comissão técnica.

Tudo isso, aliado ao ótimo desempenho de Lucca nas categorias de base, nos treinamentos e nas três oportunidades que teve no profissional até agora, fazem o São Paulo ter (muita) esperança no futuro do garoto de Cotia.

O Tricolor acredita que o atacante tem condições de ajudar o time comandado pelo técnico Luis Zubeldía dentro de campo num futuro muito próximo, mesmo tão jovem, e que será cobiçado por gigantes europeus nos próximos anos.

Recentemente, o São Paulo acertou a renovação do contrato de Lucca até 30 de abril de 2028 - o anterior ia até o ano que vem, apenas. Assim, o Tricolor se sente protegido do assédio externo e valoriza o desempenho do garoto.