Policial
Marido manda pai de santo matar esposa e colocar no caldeirão do satanás
BATANEWS-REDACãO
Cláudio Valadares dos Santos foi condenado nesta terça-feira (3) a 24 anos de prisão pelo assassinato de sua companheira, Indiana Geraldo Tardett, em um crime marcado por brutalidade e motivação torpe. O feminicídio ocorreu em maio de 2021, mas a sentença foi proferida nesta semana, trazendo à tona detalhes chocantes sobre o caso.
Segundo o Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT), Cláudio não agiu sozinho: ele contou com o apoio do pai de santo Márcio Andrade dos Santos, conhecido como Pai Baiano, e de Jucilene Batista Rodrigues, também praticante de rituais de matriz africana. Ambos também foram condenados — Márcio a 18 anos e 8 meses, e Jucilene a 21 anos de reclusão.
Separação motivou o crime
De acordo com a denúncia, Cláudio e Indiana mantinham uma união estável desde 2016 e eram sócios em uma empresa de manutenção de aeronaves. No entanto, após sucessivas brigas e episódios de traição, Indiana decidiu iniciar o processo de separação, o que motivou Cláudio a planejar a morte da companheira, temendo a divisão de bens.
O crime
No dia 30 de maio de 2021, Cláudio convidou Indiana para participar de um ritual espiritual, sob o pretexto de tentar reatar o relacionamento. No entanto, tudo fazia parte do plano para assassiná-la. Na residência da vítima, Márcio desferiu o primeiro golpe com um facão de aproximadamente 1,1 kg, atingindo Indiana, que caiu desacordada. Em seguida, ele a golpeou no pescoço e no punho, finalizando o ataque.
Jucilene também participou da ação, ajudando a enganar e imobilizar a vítima. Após o crime, o trio tentou fraudar a cena, caracterizando o ato também como fraude processual.
"Jogue no caldeirão do satanás", teria dito Cláudio
Durante as investigações, revelou-se que Cláudio pediu ao pai de santo que “colocasse Indiana no caldeirão do satanás”, afirmando que apenas “desamarrar a relação” não era suficiente, demonstrando frieza e premeditação.
Condenação
Os três foram condenados por feminicídio qualificado por motivo torpe, dissimulação e fraude processual. O caso chocou a comunidade de Lucas do Rio Verde e ganhou repercussão nacional pela natureza cruel e manipuladora do crime.
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