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O que acontece se Augusto Melo for afastado da presidência do Corinthians?
Presidente passará por votação do Conselho Deliberativo na próxima segunda-feira e pode sair; nesta quinta, ele e ex-dirigentes foram indiciados por três crimes no caso VaideBet
BATANEWS/GE
Augusto Melo corre o risco de deixar a presidência do Corinthians na próxima segunda-feira, data na qual o Conselho Deliberativo votará o processo de impeachment aberto ainda no ano passado a partir da assinatura de um grupo de conselheiros.
A votação vai ocorrer dias depois de o presidente e outros três envolvidos no caso VaideBet terem sido indiciados pela Polícia, nesta quinta-feira, e enquadrados em três crimes: furto qualificado pelo abuso de confiança, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Os 300 membros do Conselho Deliberativo, sendo 200 trienais e 100 vitalícios, são aptos a votar a possível destituição de Augusto Melo, que tem mais três processos de impeachment abertos dentro do clube.
Em votações importantes, aproximadamente 250 pessoas costumam comparecer e votar. A admissibilidade do processo que será votado na segunda-feira, por exemplo, contou com 240 membros, que votaram "sim" por 126 a 114.
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Na segunda-feira, se a maioria simples dos conselheiros presentes na votação for favorável ao impeachment, Augusto Melo será imediatamente afastado do cargo.
Porém, a destituição do presidente precisa ser referendada pelos associados do clube, em outra votação a ser marcada posteriormente.
Se Augusto Melo perder na segunda-feira, o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Jr., tem cinco dias para convocar a assembleia geral dos associados, evento que definirá o futuro do presidente.
O estatuto do Corinthians, no entanto, não determina um prazo para a realização da votação.
Até que isso ocorra, o primeiro vice-presidente Osmar Stábile assumiria o comando do clube.
Caso os associados concordem com o afastamento, o Conselho Deliberativo é convocado para eleger o novo presidente - podem concorrer e votar no pleito apenas os membros do órgão.
No estatuto do Corinthians, quem assumir com menos de 18 meses para o fim da gestão pode concorrer em uma nova eleição. Portanto, quem assumir a cadeira a partir de junho, em caso de queda de Augusto Melo, poderia concorrer a um mandato inteiro do triênio 2027-2029.
Se a maioria dos conselheiros votar “não' ao impeachment no início da semana que vem, o caso é arquivado, e Augusto Melo segue no cargo normalmente. O presidente tem mandato até o fim de 2026.