Agricultura
Gripe aviária e supersafra devem afetar os preços do milho no curto-prazo
Segunda safra brasileira, tradicionalmente voltada à exportação, tem crescimento esperado de 11% e deve enfrentar séria concorrência com a dos EUA
BATANEWS/CANAL RURAL
Os Estados Unidos devem produzir 401,85 milhões de toneladas de milho na próxima safra, de acordo com o Departamento de Agricultura norte-americano (USDA), com exportações previstas em 72,8 milhões de toneladas.
O órgão estimou que a colheita brasileira será de 131 milhões de toneladas, com embarques de 43 milhões de toneladas.
No país norte-americano, as expectativas são positivas: a semeadura já atingiu 62% da área, índice acima da média histórica. O USDA ainda reportou que 28% das lavouras já haviam germinado, gerando ótimas expectativas de desenvolvimento diante do clima favorável.
Quanto aos preços, o milho encerrou a semana cotado a US$ 4,43 por bushel na Bolsa de Chicago, com queda expressiva de 0,45% ante o período anterior.
No Brasil, na B3, o contrato do cereal para julho de 2025 também recuou, fechando a R$ 62,05 por saca (-3,33%). No mercado físico, por sua vez, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela fraqueza nos mercados futuros.
Análise da plataforma Grão Direto destaca pontos de atenção ao mercado do milho nesta semana. Confira:
De acordo com a Grão Direto, com a expectativa de uma supersafra no Brasil e a possível redução na demanda por milho, causada pela desaceleração nas exportações devido à detecção da gripe aviária, a tendência é de queda nos preços do grão amarelo.