O que é boyceta? Identidade de gênero ganhou repercussão após fala de rapper

Após o rapper Jupitter Pimentel comentar sobre o termo e viralizar nas redes sociais, páginas conservadoras repercutiram o conteúdo incentivando comentários transfóbicos. A Marie Claire, o artista explica sua identidade de gênero e lamenta ataques: 'Cultura do ódio'

BATANEWS/REDAçãO


Foto: Divulgação Internet

Você já ouviu falar sobre o termo boyceta? Ele viralizou nas últimas semanas depois que um corte de vídeo do rapper Jupitter Pimentel explicando sua identidade de gênero tomar as redes sociais. Em participação no podcast Entre Amigues, o paulistano disse ser uma pessoa transmasculina de gênero fluido e se identificou como boyceta.
"Entendo as nuances do gênero, para onde ele caminha. Ser boyceta me dá muita liberdade de expressar minha feminilidade quando eu quero e ter essa identidade meio ‘bicha’, que é muito bom. Meu gênero flui, dependendo do espaço”, conta o rapper.

Pessoas não-binárias são constantemente invalidadas pela sociedade e, por isso, não expõem suas identidades em totalidade, segundo Jupitter. "Pessoas não binárias estão fora do espectro homem-mulher parcialmente ou totalmente, mas seus gêneros não estão dados, muitas vezes precisamos buscar termos para melhor defini-los. Boyceta foi um termo que me abraçou em comunidade, no meio do rap, no berço do hip hop", disse ele.

Vejam ainda

jupi77er 
Na ultima sexta feira, dia 24 o corte do meu episodio no podcast @entre_amigues viralizou, furando a bolha e atingindo a grande massa com o termo boyceta.

Era uma conversa, de fato, entre amigues, ja que @vek__tra e @a.amandaclaro são alem de duas podcasters babadeiras, amigas pessoais, e donas de projetos incriveis.

Geralmente, pessoas não binárias são invalidadas o tempo todo, e por isso acabam não expondo suas identidades em totalidade. Até pq, na maioria das vezes, são termos que permanecem ocultos na bolha nb e que quando furam essa bolha são alvos de ataques dos mais diversos tipos. Por isso, estava confortável em abordar o tema um pouco mais a fundo.

Pessoas não binárias, estão fora do espectro homem-mulher parcialmente ou totalmente, mas seus generos não estão dados, muitas vezes precisamos buscar termos para melhor defini-los.

Boyceta foi um termo que me abraçou em comunidade, no meio do Rap, no berço do Hip Hop paulista, no largo São Bento. Eu quero contar mais essa historia toda no próximo video. Falar sobre como essa identidade diz tanto sobre mim e como me contempla.

Também quero falar sobre como essa identidade faz parte das identidades transmasculinas mas não contempla a todas pessoas transmasculinas. E sobre ser gênero fluido ao mesmo tempo que sou boyceta.

Então, aprofundar nesse tema nesse momento é necessário, mas não falo sobre isso apenas agora, porque de tempos em tempos surge essa discussão na comunidade trans. Agora, ta na boca do povo. Fruto de um compartilhamento irresponsável da midia sensacionalista. E como é mais fácil odiar do que buscar entender, bem.. minha imagem ta rodando o zap da familia tradicional. Minha familia e conhecides tambem nao escapam e todos os perfis relacionados a minha conta tem sido atacados em massa.

Eu sinto muito por isso, porque no final das contas eu to só existindo. Mas eu acredito muito nas possibilidades que essa discussão pode levantar. E que sim, deixe que o povo saiba que boyceta existe. E que saibam que existe diversidade na letra T, e que existe gêneros pra alem dos binários. E que existimos independente da sua aprovação.

Agradeço muito pelo apoio de vocês! Vambora?
#boyceta #naobinario

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Com informaçoes do Terra, do instagram e da revistamarieclaire.